terça-feira, 21 de outubro de 2008

toyota importada ou nacional






Em 1970 passava a ter linhas mais atuais, com os pára-lamas integrados ao pára-choque dianteiro (como no Jeep Wrangler), mas de péssimo resultado visual. A transmissão de quatro velocidades vinha em 1974, os antiquados motores F eram substituídos pelo 2F de 4,2 litros em 1975 e os freios a disco passavam a ser de série em 1976.

O jipe Land Cruiser tradicional permanecia sem mudanças, mas em 1980 surgia a nova perua FJ-60,. Começava a dinastia dos utilitários-esporte da Toyota, já que a FJ-60 oferecia ar-condicionado e direção assistida de série. O interior era acarpetado e as linhas da carroceria mais arredondadas. Permaneceu até 1987, com algumas inovações para a linha, como o câmbio automático e o motor 3F, mais potente e com injeção.

Em 1988 o modelo deixava de lado o par de faróis redondos para utilizar dois pares de faróis quadrados. Assim ficou como FJ-62 até 1991, quando chegava a terceira geração, FJ-80. Com um visual renovado e mais atraente, muito semelhante aos primeiros Hilux SW4 que chegaram ao Brasil, a FJ-80 trazia tração 4x4 permanente e suspensão independente nas quatro rodas com molas helicoidais, uma novidade para a linha Land Cruiser.

Um novo motor de seis cilindros em linha, 4,5 litros, duplo comando e quatro válvulas por cilindro, com potência de 212 cv, era introduzido em 1993 como o mais potente já utilizado em um Land Cruiser até então. Oferecia ainda opcionais como revestimento dos bancos em couro, assentos para oito passageiros, toca-CDs, bloqueios de diferencial manuais para cada eixo e bloqueio automático do diferencial central.

Em 1998 surgia a quinta geração do utilitário. Maior, mais pesado e mais forte que seu antecessor, além de mais rápido, econômico e menos poluente, vinha com o primeiro V8 utilizado na divisão Toyota (desenvolvido pela Lexus), com 4,7 litros, 32 válvulas e 230 cv. Hoje pode ser encontrado com controle de tração ativo (Active TRAC) e distribuição eletrônica de frenagem (EBD), entre outros refinamentos que o Land Cruiser original, ou mesmo o Bandeirante, jamais sonharia em ter.

Ficha Técnica

OJ 50L - jipe, capota de lona OJ 50L - jipe, capota de lona OJ 50LVB - jipe longo, capota rígida

1985 1992 1992
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 4 em linha
Comando e válv. por cilindro no bloco, 2
Diâmetro e curso 97 x 128 mm 102 x 112 mm
Cilindrada 3.784 cm3 3.661 cm3
Taxa de compressão 17:1 18:1
Potência máxima 85 cv a
2.800 rpm 96 cv a
3.400 rpm
Torque máximo 24 m.kgf a
1.800 rpm 24,4 m.kgf a
2.200 rpm
Alimentação bomba injetora e injeção direta
CÂMBIO
Marchas e tração 4, integral 5, integral
FREIOS
Dianteiros e traseiros a tambor a disco / a tambor
SUSPENSÃO
Dianteira e traseira eixo rígido, feixe de molas semi-elíticas
DIREÇÃO
Assistência não hidráulica
RODAS
Pneus 6,50 - 16
DIMENSÕES
Comprimento 3,835 m 3,93 m 4,395 m
Entreeixos 2,285 m 2,755 m
Peso 1.730 kg 1.950 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 115 km/h ND
Aceleração de 0 a 100 km/h 33 s ND
ND = não disponível

Há poucos anos a Toyota japonesa desenvolveu, como carro-conceito para um salão americano, um Land Cruiser de estilo "retrô". Com base no chassi do modelo nipônico atual, foi criada uma carroceria que lembra muito a de nossos Bandeirantes até os anos 80 -- em função dos faróis redondos --, só que mais imponente, por causa da largura bem maior e grandes pneus.

O resultado foi bastante curioso: poderia o velho jipe brasileiro ser relançado lá fora, seguindo a onda nostálgica já seguida por numerosos fabricantes?

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